quarta-feira, 23 de julho de 2014

E SOBRE A EDUCAÇÃO...

   
  "Com a criação do Ministério da Educação e Saúde em novembro de 1930, teve início um programa de reformas na área educacional. Como salienta o historiador Boris Fausto, a reforma pedagógica tinha por objetivo formar uma elite mais bem preparada intelectualmente". 
  Essas foram algumas das decisões tomadas pelo governo de Getúlio Vargas na década 30 no século XX. Atualmente vivemos no século XXI e assim como eu, muitos esperavam um "UP" no quesito educação e saúde quando já se passaram 84 anos. Porque, claro o nosso lema é PROGRESSO.  

Mas o verdadeiro problema, é que, se a perspectiva de preparar uma elite bem formada intelectualmente era verdadeira, por que justamente depois de tantos anos ela mudou?
O Governo brasileiro criou um estereótipo para todas as pessoas da classe baixa em nosso País. Pessoas que necessitam utilizar postos de saúdes públicos, transporte público e principalmente a Escola pública. E obviamente o que deveria ser de melhor qualidade, não é! E hoje voltada para o assunto educacional, percebemos que somos privados de muito conteúdo. 
O qual seria de extrema importância para  nos ajudar a ter acesso a uma faculdade pública através de vestibulares ou a ter notas consideras realmente boas no ENEM ( Exame Nacional do Ensino Médio). 
E a questão é que para o governo e partidos políticos não preparar  pessoas intelectualmente educadas, é vantagem. Mas e para nós, é? E porque abraçamos esse estereótipo?

  Através de uma pesquisa realizada na Escola Alfredo Cardoso em Piracicaba SP no ano de 2014 pelo professor de Sociologia Renan, podemos perceber que por exemplo: Alunos que hoje estão estudando na faculdade Pública USP (Universidade de São Paulo), foram alunos que estudaram antigamente em escolas particulares, e são filhos de pais que recebem no mínimo 5.000,00 r$ por mês de salário. Enquanto os de muitos ganham menos de dois salários mínimos. E pois é, a faculdade que ironicamente falando foi criada para alunos de escolas publicas estão tomadas por aqueles que tinham condições de pagar uma.

Porem há algo nisso tudo que me impressionou. Pois quando foi feita a pergunta para aqueles alunos da USP de quanto tempo eles estudaram por dia para estarem lá hoje, eles responderam que estudavam em média de 5 à 10 horas diariamente. Enquanto muitos de nós além de termos conteúdo insuficiente na escola, deixamos a mochila fechada e jogada o dia inteiro depois que chegamos. Então será que isso tem mesmo haver com escolas particulares ou a media do salário que seus pais ganham? ou de fato, envolve interesse e determinação de cada um de nós?                   
   
     Andamos de rua em rua, com faixas e cartolinas na mão cobrando do governo melhor educação. Enquanto menos de 10% de quem segura aquelas faixas estudam em suas casas após o termino da aula, e enquanto menos de 9% respeitam os seus professores, ou leem livros, sabem se comportar e se comunicar de forma e linguagem padrão com outras pessoas.                   
     O que vale das palavras sem atitudes? Será que se houvesse mais interesse de cada um de nós e auto educação o GOVERNO brasileiro não acordaria e perceberia que o Sistema Educacional precisa de melhoras consideráveis ? 
   Não precisamos agir como eles acham que nós devemos agir, ou ser como eles querem que sejamos.
   Mas antes de cobrarmos algo de alguém ou de um sistema, devemos nos colocar em nosso devido lugar!

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