Eu não acredito em astrologia. Mas fico muito intrigada
quando percebo que a maioria dos librianos compartilham das mesmas sensações,
alguns dias antes de seus aniversários. É como se tudo o que você espera ou
esperava durante a sua vida inteira e aqueles sonhos bem detalhados, devessem
acontecer exatamente naquele dia. No meu caso, dia doze de outubro - feriado nacional.
E este mês, o famoso mês dez, consegue ser mais encantador e
esperado do que o próprio natal, que considero uma das datas mais impressionantes
do ano, depois do meu aniversário, é claro. E o mais engraçado é que no meio de
tanta expectativa, você começa a ter as piores crises existenciais de todos os
tempos. O cabelo não tá bom, não mesmo. Acha que está muito magro (a) ou gordo (a). Seu rosto já não é o mesmo de três dias atrás e parece que tudo está
dando errado na sua vida. Até diz “Eu não sou tão legal assim, fulano não
acredita em mim, ninguém se lembra do meu aniversário e eu me sinto
completamente perdido (a) em Marte”.
No entanto, a vida continua. Então, o segredo é levantar da
sua cama e colocar Kings of Leon – Use somebody , no último volume, que tudo ficará melhor.
Tá, é mentira! As crises e as expectativas vão continuar do mesmo jeito! Na
verdade, no dia do nosso aniversário (librianos) as coisas ainda vão seguir
como elas são. Mesmo que façamos uma viagem ou tenhamos um dia muito louco com
os nossos amigos e familiares. Volte para sua cidade ou espere esse dia
terminar e verás que eu estou falando sério. Que a vida é assim, muitas vezes
monótona e entediante. Porém, pode ser ainda pior se pensarmos desta forma.
Eu já ouvi dizer que pensar de um jeito positivo e declarar
palavras otimistas, fazem com que tudo corra bem, na maioria das vezes. Além do
mais, ficar preso à pensamentos e expectativas, deixam a sua realidade bastante
triste, e em alguns casos revela o quanto você está infeliz.
Mas não posso negar, que seria sensacional se nós
encontrássemos o amor das nossas vidas no dia do nosso “niver”. Se, quem sabe, nos
dessem uma festa surpresa, muitos presentes, um trabalho (em épocas de crise é
sempre bom ressaltar esta ideia) e talvez se fossemos presenteados com um
daqueles objetos motorizados, que costuma ter um volante e quatro rodas.
Eu poderia terminar este texto com o final semelhante ao que
usei no artigo “De repente 18” que fiz exatamente há um ano atrás – você pode conferir: http://larissaron.blogspot.com.br/2014/10/de-repente-18.html . Entretanto, vou deixar com que
vocês cheguem às suas próprias conclusões e decidam se estão satisfeitos ou
não, com tudo o que estão vivendo no aqui e agora.
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