quarta-feira, 7 de outubro de 2015

SOBRE UM FELIZ ANIVERSÁRIO


Eu não acredito em astrologia. Mas fico muito intrigada quando percebo que a maioria dos librianos compartilham das mesmas sensações, alguns dias antes de seus aniversários. É como se tudo o que você espera ou esperava durante a sua vida inteira e aqueles sonhos bem detalhados, devessem acontecer exatamente naquele dia. No meu caso, dia doze de outubro - feriado nacional.

E este mês, o famoso mês dez, consegue ser mais encantador e esperado do que o próprio natal, que considero uma das datas mais impressionantes do ano, depois do meu aniversário, é claro. E o mais engraçado é que no meio de tanta expectativa, você começa a ter as piores crises existenciais de todos os tempos. O cabelo não tá bom, não mesmo. Acha que está muito magro (a) ou gordo (a). Seu rosto já não é o mesmo de três dias atrás e parece que tudo está dando errado na sua vida. Até diz “Eu não sou tão legal assim, fulano não acredita em mim, ninguém se lembra do meu aniversário e eu me sinto completamente perdido (a) em Marte”.

No entanto, a vida continua. Então, o segredo é levantar da sua cama e colocar Kings of Leon – Use somebody ,  no último volume, que tudo ficará melhor.
Tá, é mentira! As crises e as expectativas vão continuar do mesmo jeito! Na verdade, no dia do nosso aniversário (librianos) as coisas ainda vão seguir como elas são. Mesmo que façamos uma viagem ou tenhamos um dia muito louco com os nossos amigos e familiares. Volte para sua cidade ou espere esse dia terminar e verás que eu estou falando sério. Que a vida é assim, muitas vezes monótona e entediante. Porém, pode ser ainda pior se pensarmos desta forma.
Eu já ouvi dizer que pensar de um jeito positivo e declarar palavras otimistas, fazem com que tudo corra bem, na maioria das vezes. Além do mais, ficar preso à pensamentos e expectativas, deixam a sua realidade bastante triste, e em alguns casos revela o quanto você está infeliz.  

Mas não posso negar, que seria sensacional se nós encontrássemos o amor das nossas vidas no dia do nosso “niver”. Se, quem sabe, nos dessem uma festa surpresa, muitos presentes, um trabalho (em épocas de crise é sempre bom ressaltar esta ideia) e talvez se fossemos presenteados com um daqueles objetos motorizados, que costuma ter um volante e quatro rodas.

Eu poderia terminar este texto com o final semelhante ao que usei no artigo “De repente 18” que fiz exatamente há um ano atrás – você pode conferir: http://larissaron.blogspot.com.br/2014/10/de-repente-18.html . Entretanto, vou deixar com que vocês cheguem às suas próprias conclusões e decidam se estão satisfeitos ou não, com tudo o que estão vivendo no aqui e agora.

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