sexta-feira, 25 de setembro de 2015

O MISTERIOSO ROMANCE DE SETE SÉCULOS




CAPÍTULO III

Era 26 de Abril de 1478. Um domingo especial de Missa na catedral do Duomo, em Florença. Um dia de caos! Havia chegado, finalmente, o grande momento em que o Papa Sistus, Girolamo Riario, seu sobrinho, juntamente com  Francesco Pazzi, se vingariam dos Medici, especialmente de Lourenço, príncipe do estado. 



O ataque foi motivado por interesses e desejos de ambas as partes, que não foram atendidos pelos Medici. E isso levou a pessoa mais influente da época, o Papa, a se revoltar com a família dos governantes. E espantosamente, Da Vinci também era alvo do ataque. Não apenas pelo fato dele trabalhar para Lourenço, mas pela ira que atraiu dos cristãos, por cometer pecados de sodomia e assumir ter relações Homo afetivas.
Por tanto, a igreja que trazia harmonia e paz aos florentinos nunca esteve em tão profundas trevas e coberta de sangue inocente. 
E não com o sangue do cordeiro Jesus, mas o sangue de outro guerreiro fiel que cobria de amor aquela gente. E ninguém podia se despedir formalmente dele, de Giuliano de Medici, pois a luta continuava.
 Enquanto Lourenço e Da Vinci lutavam bravamente, Clarice, esposa de Lourenço, fugia com as crianças. 

Carlotta não foi a missa naquele dia por pedido de seu pai. Se ela soubesse que ele atacaria Leo, com certeza ela teria armado alguma coisa para  dete-lo.
Após 30 minutos de briga, Carlotta soube o que estava acontecendo e descobriu que o seu pai havia tramado tudo. Ela tentou ir até la, mas sua serviçal não permitiu. Por causa de seu nervosismo, a empregada trancou a menina no quarto. 
Mas ela saiu pela janela. 
No caminho, ela viu seu pai declarando guerra e gritando ao povo: POPOLO E LIBERTÀ (POVO E LIBERDADE).

Ela imaginou que o ataque havia acabado e correu rapidamente para a igreja. Quando chegou lá, encontrou Da Vinci desmaiado no chão e sangrando. Ela não sabia se gritava ou tentava ajudar. 
Leonardo havia sido ferido pela espada do Conde Riario, na perna, mas precisamente na coxa direita. Carlotta começou a arrastar Leo, para tirá-lo dá-li. Nico estava ferido, mas também ajudou. 
Eles levaram Da Vinci para a casa de Anna. E Carlotta sabia que também teria que ficar ali, porque o pai dela a mataria se ela voltasse. Pois todos já haviam visto ela com o Leo. 

Anna limpou a ferida de Da Vinci e com seus medicamentos naturais, fez um curativo. Mas mesmo assim, Leo não acordava. Ele estava respirando, e assim ficou por dias. Em seus sonhos, aconteciam coisas estranhas. Ele estava na cama, mas também em outra lugar, definitivamente em outro mundo. Os seres com quem ele conversava não eram humanos. E o mundo no qual ele estava, era oitenta por cento escuro e repleto de símbolos que pairavam no ar, como fumaça. Não parecia só um sonho. Parecia um contato com um mundo paralelo.


Um dos seres com quem ele falava, disse para ele concluir o processo e transmitir. Este foi o único diálogo entre eles!

Passaram-se 8 dias e  por fim Leonardo acordou. Ele tirou o curativo e agradeceu a todos pelo cuidado, inclusive Carlotta que tomou a iniciativa de tira-lo da igreja. 
Nico contou que Francesco foi morto (Carlotta estava arrasada), e que Lourenço reassumiu o governo da cidade. 

Mais tarde, Da Vinci pediu para conversar a sós com a menina. Os dois ficaram cerca de duas horas num comudo, conversando. Durante a conversa, Carlotta observou que o lugar onde Da Vinci foi ferido, parecia nunca ter sido perfurado. Não havia cicatriz! E ela perguntou o porque. Mas ao invés dele responder, ele levantou, olhou nos olhos dourados dela, e disse: Eu não... Mal terminou de pronunciar a palavra e a beijou ardentemente.

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